Dizem que o vento faz pior do que a chuva: causa mais depressões, deixa-nos mais tristes, leva-nos mais energia. Talvez (e segue a tese pouco ou nada científica) porque, com vento, ainda nos atrevemos a sair — do pijama, de casa. A chuva intimida mais, apela ao recolhimento, insiste connosco (fingindo-se pouco autoritária) para que não nos afastemos demasiado do lugar onde perdemos os guarda-chuvas (toda a gente sabe que, durante o Verão, os guarda-chuvas se reúnem no fundo do armário mais inacessível da casa, conspirando). A chuva, quando passa, dá-nos poças capazes de justificar a existência de pares de galochas. E, quando não passa, instala-nos no sofá a ver filmes destes, do Jérémy Clapin, que o Alex Gozblau ontem partilhou comigo.
E é então que começa a chover dentro de nós. PIM!
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