Amanhã começa a segunda edição do festival Play. À sessão de abertura, às 17h30, no S. Jorge, vou levar o A., que, aos 8 anos, tendo já passado a fase de assinalar as diferenças, atravessa o momento de aprender a aceitá-las. O filme espanhol Floco de Neve parece-me perfeito neste contexto:
Mais destaques do primeiro dia do Play estão na página do Facebook do festival e aqui:
A programação do Play pode ser consultada aqui. |
Um deles é o filme Papel de Natal, do José Miguel Ribeiro, a escolha do cineasta para partilhar no colóquio "É então isto para crianças?".
Sobre ele, disse-me o José Miguel: "Este
filme claramente nasce de uma consciência de que alguma coisa tem
que mudar. E, se queres mudar o mundo, começa pelas crianças. (...) a nossa mensagem introduz-se um bocadinho
na consciencialização de que vivemos numa casa que tem paredes, tem
limites, e nós temos
que cuidar dela. É essa consciência de que, quando fazemos um gesto, e
no filme isto está mostrado, podemos alterar o mundo."
Papel de Natal recupera uma das minhas personagens preferidas do cinema de animação português mais recente: Dodu, o rapaz de cartão.
Há muitas outras, para descobrir no dia 9 de Fevereiro, na Gulbenkian, tendo como guias o Afonso Cruz, o Fernando Galrito (e o festival Monstra está quase a chegar!) e o João Paulo Cotrim, numa mesa moderada pela Filipa Leal.
Deixo-vos só mais duas — duas meninas. A de História trágica com final feliz, filme da Regina Pessoa;
e a menina de olhos a piscar de Sem Querer, imaginada pelo João Fazenda e pelo João Paulo Cotrim para aquele que foi considerado o melhor filme português no 35º Cinanima. Podem espreitar o trailer aqui.
Se é então isto um filme? Dois filmes? Sem dúvida. Se são filmes para crianças? Dia 9 de Fevereiro, podem perguntar aos autores. A mim, deixam-me o coração a bater depressa e os olhos azuis a piscar. PIM!