sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

É então isto para crianças? — Parte III: Fernando Mota, sons e palavras para todas as infâncias.

Ontem, chegaram-me, pelas várias caixas de correio que costumo abrir diariamente, duas belas notícias: 

. uma é a de que o colóquio "É então isto para crianças?" já tem e-card (partilhem, partilhem!);


Imagem de Ana Ventura.


. a outra é a de que o Teatro São Luiz conseguiu mais espaço para o espectáculo Photomaton — Divertimento para viola portuguesa e mala preparada, do genial e sempre surpreendente Fernando Mota. Ou seja, há mais bilhetes para os espectáculos de sábado, às 16h, e domingo, às 11h (corram, corram!).


Imagem retirada do site do São Luiz.
Mais aqui.

Há uns anos, vi um espectáculo do Fernando Mota chamado Motofonia. Foi o subtítulo que me conquistou: "Um solo poético para todas as infâncias". Arrastei o F., o A. e a minha mãe. As nossas infâncias coincidiram, de repente, enquanto assistíamos a momentos assim:




Desde esse primeiro espectáculo que o Fernando criou para a infância, fiquei atenta ao seu trabalho e, quando surgiu a hipótese de comissariar o colóquio "É então isto para crianças?", foi um dos primeiros nomes de que me lembrei. Queria mostrar uma criação do Fernando e, por isso, pedi-lhe que escolhesse ele um dos seus espectáculos, para comentar e para partilhar com quem passar pela Gulbenkian nos dias 9 e 10 de Fevereiro (recordo que o mote do colóquio é a partilha). 

O Fernando escolheu as Canções Nómadas, criação que foi mostrada no CCB em Junho do ano passado. E o seu depoimento integrará a conversa "É então isto uma canção?" (dia 10 de Fevereiro, das 10h às 12h30, na Gulbenkian).




Sobre estas Canções Nómadas, nas quais participam também o Rui Rebelo e a Carla Galvão, disse-me o Fernando que são "uma viagem por canções em várias línguas, em vários continentes, em vários países. É um hábito que temos em vários espectáculos, o de incluir outras línguas, até línguas que nós não percebemos. Achamos que é uma acção social e política para ter com as crianças, a de habituá-las a outras realidades, a outros contextos, a outras culturas. E de abordá-las da perspectiva do fascínio, não do medo. Do fascínio pelo diferente, pela novidade, pelo outro." 

Só isto bastava para justificar aqueles dois adjectivos que usei linhas acima para descrever o Fernando: "genial" e "surpreendente". Só isto bastava para haver quem, ao ler estas linhas, esteja já a correr para o S. Luiz para conseguir os últimos bilhetes do Photomaton

Eu tenho três: o meu, o do F. e o do A., que, quase quatro anos depois de Motofonia, aguardam o reencontro com uma criação do Fernando. PIM!

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