quinta-feira, 24 de julho de 2014

Ao "mácimo".

Temos andado por aí, pelas ruas de Lisboa, em passeios e actividades. Recomendo a quem tem falhado o AoArLivre, no Maria Matos, que esteja atento nos próximos anos. E não falhe. Acontece sempre em Julho, no momento em que é encerrada a temporada do teatro. As actividades e as artes instalam-se no Jardim do Bairro das Estacas. E só é preciso passear e experimentar o que se bem entender.

Foi o que fizemos no sábado passado, no dia dos anos do A.. Subimos à relva e criámos folhas, desenhámos, mascarámo-nos, assistimos a peças de teatro... 




E foi então que fizemos a maior descoberta de todas: o M. é um rapaz que não se tem quieto (para recordar um belo título da Rita Taborda Duarte), excepto quando o caso é o teatro. Esteve 50 minutos sem se mexer, fascinado com "Projecto Secreto - Episódio 1", uma co-produção Radar 360º e CCB/Fábrica das Artes, com dramaturgia e direcção de actores de John Mowat e interpretação de António Oliveira e Julieta Rodrigues. E nós fascinados com o fascínio dele pela peça. É a melhor coisa destas actividades, destes dias cheios: ficarmos também a conhecer-nos melhor, descobrirmos aquilo que nos (co)move, aquilo que nos detém.





As descobertas, porém, não ficaram por aqui. A razão? A fome, sempre presente, sempre a apertar (boys will be boys...). O aniversariante suspirou por crepes com chocolate. E descobrimos uma gelataria perto do Maria Matos, a FIB, Felicidade Interna Bruta. Confirma-se:



M.: Camisa Knot. Jeans Name It (na Boozt). Sapatos Livie & Luca (aqui).
A.: T-shirt Andry Birds H&M. F.: T-shirt comprada na rua, em Amesterdão.

Ontem, retomámos os passeios. O F. e o M., depois de uma semana no Science4you, têm passado os seus dias no Atelier de São Bento. Fomos buscá-los ao fim da tarde e encontrámo-los a desenhar quadros do Júlio Pomar. Tinham visitado o Atelier-Museu do pintor, ali perto, durante a manhã e, no momento em que cheguei, o F., qual pequeno Pomar, estava a pintar um tigre. O A. já tinha terminado o seu desenho "pomariano" e dedicava-se então a escrever num quadro. Entrei e deparei-me com isto:



Tradução: Tia Inês, és o máximo.


- António, por que razão sou Morais? 
- Não és?
- Sou, mas esse apelido não é o meu último nome, não é o que costumo usar.
- Mas eu gosto, soa bem.
- OK. Então, vamos lá corrigir isso. Escreve bem máximo.
- Já está.

O que estava era "Inês Morais, és um bem máximo."

- Sou "um bem máximo"? O que é que escreveste aí?
- Escrevi o que disseste: bem máximo.
- Ahahahahah!
- Ahahahahah!

O bem máximo pegou no seu marido máximo e nos seus sobrinhos máximos e foram juntos visitar alguns dos graffitis máximos da cidade. A pesquisa foi feita em casa, no site da Underdogs e do projecto Crono (Cargo Collective). Começámos em Alcântara, passámos pelas Janelas Verdes, pela Praça da Alegria, pela Fontes Pereira de Melo, pela Almirante Reis e pela Av. Infante D. Henrique. Vhils, Os Gêmeos, Momo, Pixel Pancho, Interesni Kazki, Cyrcle, How & Nosm...











O bem máximo, com a sua paixão por Vhils, prometeu levar em breve o marido máximo e os sobrinhos máximos a esta exposição. Não conseguiu ontem porque o marido máximo e os sobrinhos máximos começaram a denunciar a sua fome máxima por volta das 19h (again: boys will be boys...). 


Fizemos o trajecto (máximo) do costume: pizzas no Casanova; gelados na Conchanata; abraços no meio da Avenida da Igreja; várias gargalhadas, algumas dores de barriga e muitos bens máximos até casa. PIM!

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