Que a mãe da criança cá de casa tem um fraquinho por calças sabem apenas os que conhecem a combinação capaz de abrir a caverna de Ali Babá a que a mãe da criança cá de casa chama prosaicamente "o armário das minhas calças". O referido fraquinho encontra provavelmente a sua origem no facto de a mãe da criança cá de casa ter sido maria-rapaz em pequena. Mas essas conclusões deixamos para psicanalistas e filósofos (falámos de caverna, ou seja, de escuridão e de luz).
O que importa é que na caverna a que prosaicamente a mãe da criança cá de casa chama "o armário do M." consegue ela imaginar penduradas estas calças da Kids On The Moon. Que a mãe da criança quer muito. E que, por isso, a criança, que gosta é de andar em pelota, também deve querer muito. Ou menos. Mas ainda assim bastante.
A mãe da criança cá de casa descobriu as calças acima mostradas na Orfeo. Rumou depois para o site da Kids On The Moon e encontrou estas. Que também quer muito.
Às vezes, quando a mãe da criança cá de casa quer muito uma coisa, essa coisa aparece mesmo cá em casa. Aconteceu esta semana. Com estas coisas. Mais belas ainda do que calças.
O raro História com Reis, Rainhas, Bobos, Bombeiros e Galinhas,
de Manuel António Pina, ed. Teatro Pé de Vento.
Na cozinha da noite, de Maurice Sendak, ed. Kalandraka.
(Cá está a prova de que, afinal, há coisas mais bonitas do que um par
de calças: "E caiu no escuro e livrou-se das roupas".)
Os já antigos Presos, Sobe e desce e Este alce é meu, de Oliver Jeffers,
e Achimpa, de Catarina Sobral (todos da Orfeu Negro), sem os quais
as estantes cá de casa se andavam a sentir como a mãe da
criança cá de casa se sente quando anda sem calças.
e Boa viagem, bebé!, de Beatrice Alemagna (ed. Orfeu Negro).
E o ainda mais recente Hoje sinto-me...,
de Madalena Moniz (também da Orfeu Negro).
Eis o booktrailer desta última maravilha, abecedário de coisas, sentimentos e sentidos. O que é o mesmo que dizer: abecedário para compor tudo - ou apenas, se preferirem, um só mundo. São vastas as escolhas. Como são ainda mais vastas as pistas oferecidas pelos delicados desenhos da Madalena Moniz.
Booktrailer de Catarina Sobral.
Amanhã, vamos querer ir ao lançamento deste Hoje sinto-me... É na Feira do Livro, às 16h30, no Pavilhão A18, da Orfeu Negro. Aqui, só devemos regressar no Dia da Criança. Antes da Feira do Livro, vamos passear para a Tapada de Mafra. Onde não há computadores. Nem blogues. Só arvores, bichos, piqueniques e silêncio.
!
Desenhos do livro Hoje sinto-me..., de Madalena Moniz.
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